junho 03, 2007

o teu cabelo chove nas minhas mãos. e não vens ainda sobre a terra. sabes a tempo imóvel e rios sustenidos. dizes a paisagem como os anjos. as palavras escorrem da boca uma das outras. e eu escrevo a tarde que não cai. inscrevo na morte a nossa eternidade. espero à noite ser uma mulher por dentro de um homem. um pássaro ancorado na aorta de deus. que o nervo da morte repugna.
Alice Campos

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