O corpo não espera.não por nós
ou pelo amor.este pousar de mãos
tão reticente e que interroga a sós
a tépida secura acetinada
a que palpita por adivinhada
em solitários movimentos vãos
este pousar em que não estamos nós
mas uma sede, uma memória, tudo
o que sabemos de tocar desnudo
o corpo que não espera;este pousar
que não conhece, nada vê, nem nada
ousa temer no seu temor agudo...
tem tanta pressa o corpo! e já passou,
quando um de nós ou quando o amor chegou.
Jorge de sena
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