dezembro 31, 2007
dezembro 30, 2007
dezembro 23, 2007
dezembro 17, 2007
dezembro 13, 2007
dezembro 12, 2007
dezembro 11, 2007
O Natal passado ; )
dezembro 06, 2007
"Como o sangue, corremos dentro dos corpos no momento em que abismos os puxam e devoram. Atravessamos cada ramo das árvores interiores que crescem do peito e se estendem pelos braços, pelas pernas, pelos olhares. As raízes agarram-se ao coração e nós cobrimos cada dedo fino dessas raízes que se fecham e apertam e esmagam essa pedra de fogo. Como sangue, somos lágrimas. Como sangue, existimos dentro dos gestos. As palavras são, tantas vezes, feitas daquilo que significamos. E somos o vento, os caminhos do vento sobre os rostos. O vento dentro da escuridão como o único objecto que pode ser tocado. Debaixo da pele, envolvemos as memórias, as ideias, a esperança e o desencanto."
José Luís Peixoto
novembro 29, 2007
Eu tchi amo e vou gritá prá todo mundo ouviiiiii!
Ui,o que eu cantava esta música...loool Acho que era de uma novela qualquer, do tempo da Maria Cachucha...E as saudades de ouvir a minha Sílvia a cantar isto, sentadinha no sofá da nossa gélida casita em Évora. Como diz um amigo meu "Lá estás tu com as recordações! És tão velhinha, tão velhinha..." Pois sou, admito que sim, adoro recordar coisas boas do passado. E esta é mais uma, coisas simples que de vez em quando me vêm à memória...E quando me lembro destas pequenas coisas, fico com o coração mais quentinho...
novembro 28, 2007
novembro 27, 2007
Na voz que oiço,
No corpo que possuo
No tempo que passa
Só tu, tens o saber da vida,
O sentido das emoções
O instintivo talento do amor,
O toque imprevisível
Que torna um prazer eterno.
Só tu, com os teus expressivos olhos
O sussurrar do coração entre os dedos
Conheces do amor os segredos
E assim fascinas, assim cativas.
novembro 26, 2007
novembro 22, 2007
Vivo na esperança de um gesto
Que hás-de fazer.
Gesto, claro, é maneira de dizer,
Pois o que importa é o resto
Que esse gesto tem de ter.
Tem de ter sinceridade
Sem parecer premeditado;
E tem que ser convincente,
Mas de maneira diferente
Do discurso preparado.
Sem me alargar, não resisto
À tentação de dizer
Que o gesto não é só isto...
Quando tu, em confusão,
Sabendo que estou á espera
Me mostras que só hesitas
Por não saber começar,
Que tentações de falar!
Porque enfim, como adivinhas,
Esse gesto eu sei qual é,
Mas se o disser, já não é...
Reinaldo Ferreira
novembro 20, 2007
novembro 17, 2007
Não só quem nos odeia ou nos inveja
Nos limita e oprime; quem nos ama
Não menos nos limita.
Que os deuses me concedam que, despido
De afetos, tenha a fria liberdade
Dos píncaros sem nada.
Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada
É livre; quem não tem, e não deseja,
Homem, é igual aos deuses.
Ricardo Reis
novembro 15, 2007
novembro 13, 2007
novembro 12, 2007
Verdade, verdadinha..
"Nunca respondo a provocações idiotas. O meu pai sempre me disse: ‘nunca te atires à lama a lutar com um porco – primeiro, porque te sujas; segundo, porque é disso que o porco gosta."
Walter Winchell
novembro 10, 2007
Silvia e catarina...
Hoje, dia em que me sinto especialmente nostálgica, decidi reler alguns dos comentários que foram feitos aos meus posts. Por isso, decidi dar uns miminhos a duas pessoas, muito especiais na minha vida..
“Se tu morresses amanhã, dir-te-ia: que a vida só faz sentido porque nos temos uns aos outros, os amigos que felizmente nos acompanham e preenchem todos os vazios, todos os momentos bons e maus, que nos completam e nos amparam... sempre; dir-te-ia que sou feliz porque te tenho e te conheço, porque fazes parte da minha vida; dir-te-ia que a verdadeira amizade prevalece a tudo, até à própria morte amiga; dir-te-ia que o mundo sem ti faria menos sentido... dir-te-ia, aliás digo-te que não morreste, acabaste de acordar... a vida é isso mesmo dormir e acordar e obviamente voltar a viver! É tropeçar, cair e levantar, é cruel mas doce ao mesmo tempo, é um vazio pleno de emoções e sentimentos, é chorar e rir... é sorrir e soluçar; é trabalhar e brincar, é seduzir e amar, é sofrer e chorar; é toda uma junção de sentimentos, experiências, passagens e momentos... é a vida!Adoro-te e sei que vais ser feliz... Beijo”
“Se tu morresses amanha, hoje, pedia-te desculpa...Desculpa por não ter conseguido ser melhor amiga... por não ter conseguido abraçar-te nos momentos maus, por não ter rido o suficiente nos bons momentos... e depois levava-te para os copos, e no inicio da manha, fazia umas migas de pão com tomate para acalmar o estomago! ;)Beijo grande desta sempre tua:Sopeira
Catarina e Sílvia, quero que saibam que desejo que...
Tudo aquilo que ambicionam se concretize. Que todos os vossos sonhos se tornem realidade. Que todas as pessoas que vocês amam, estejam sempre do vosso lado.Que sempre que as lágrimas cairem, lá esteja alguém para enxugá-las.Que sempre que se sentirem sózinhas, sintam e saibam que estarei sempre do vosso lado. Que nunca tenham vergonha de me pedir ajuda. Que apesar das distâncias, farão sempre parte da minha vida.Que recordo e recordarei sempre com carinho todos os momentos que passámos juntas, os bons mas também os maus. Que me sinto muito afortunada por vos ter conhecido e muito orgulhosa por poder chamar-vos de amigas.Que vos agradeço a paciência e o carinho com que me aturaram e aturam...
Silvia, sei que muitas vezes me quiseste abraçar mas nunca o conseguiste.Muitas vezes precisei do teu abraço mas acredita que só a tua presença já me dava todo o conforto e apoio, em alturas más pelas quais passei..Compreendo-te e respeito-te, admiro-te muito.És uma pessoa incrível, sincera, bruta que nem portas, com um mau feitio do caraças e por tudo isso...Obrigada por teres entrado na minha vida! ; p
Cati, um doce de amiga, também com algum mau feitio e por isso mesmo uma amiga do car******! Sincera, frontal, sofre muitas vezes em silêncio mas está sempre de sorriso nos lábios para todos. Mas nós sabemos como é, né amiga?; ) Soube, no instante em que nos conhecemos que tudo iria ser como é neste momento. Há pessoas assim, entram nas nossas vidas e depois nunca mais saem, venha o que vier! Eu bem tento, mas ela não se vai embora! Lol Obrigada por fazeres parte do meu mundo!
heloooooooo!
Ai oh pah...Ainda oiço, ainda adoro.Chamem-me pindérica, cota, esclerosada, agarrada ao passado, o que quiserem.Tenho ideia de há algum tempo, enquanto lavava a louça, estar com o meu mp3, literalmente a gritar esta música, quando reparo na cara de pânico, de terror mesmo, da minha colega de casa na altura..Pobre Cláudia! O que nos rimos...Enfim..Momentos ; p
novembro 09, 2007
novembro 07, 2007
Concordo plenamente...
outubro 27, 2007
outubro 26, 2007
outubro 25, 2007
outubro 23, 2007
outubro 20, 2007
Custa
outubro 19, 2007
outubro 16, 2007
outubro 11, 2007
outubro 06, 2007
Caaaaaarrrriiieeeeee!
Minha nossa Sra!O que eu gostava deste grupo quando era chavalinha...E tinha posters que tirava da Bravo, que na altura era só em alemão mas isso não interessava nada. O importante era ter a cara linda do vocalista..Ou pelo menos na altura eu achava que era giríssimo.Agora...lol O cabelo mais armado que o da Lili Caneças, o fiozinho ao pescoço, o casaquinho( que bom gosto na escolha..; p)Nem sei que diga..Do que uma pessoa gosta quando é canuca. Mas continuo a saber a música de cor e tenho orgulho nisso! Mai nada...
outubro 05, 2007
outubro 01, 2007
Tocas um corpo, sentes-Ihe o repetido tremor
sob os teus dedos, o cálido andamento do sangue.
Observas-lhe o lânguido amolecimento,
as suas sombras corporais, o seu desvelado esplendor.
Não há palavras. Tocas um corpo; um mundo
enche agora as tuas mãos empurra o seu destino.
Estira-se o tempo nos pulmões
silva como um chicote rente aos lábios.As horas, o instante, detêm-se,
extrais aí a tua pequena parcela de eternidade.Antes foram os nomes e as datas.
a história tão clara e lúcida de dois rostos distantes.Depois aquilo a que chamas amor,
talvez se transforme em promessa arrancada,muro erguido que pretende encerrar
aquilo que só em liberdade pode ganhar-se.Não importa, agora nada importa.
Tocas um corpo, nele te fundes,apalpas a vida, real, comum. Já não estás só.
Juan Luis Panero
setembro 27, 2007
setembro 25, 2007
setembro 24, 2007
da morte. Mas não seria isso que nos faria
ter vontade de morrer mais
depressa.
Podíamos saber um pouco mais
da vida. Talvez não precisássemos de viver
tanto, quando só o que é preciso é saber
que temos de viver.
Podíamos saber um pouco mais
do amor. Mas não seria isso que nos faria deixar
de amar ao saber exactamente o que é o amor, ou
amar mais ainda ao descobrir que, mesmo assim, nada
sabemos do amor.
setembro 23, 2007
setembro 21, 2007
setembro 20, 2007
setembro 18, 2007
setembro 17, 2007
setembro 14, 2007
setembro 10, 2007
setembro 07, 2007
Metade
Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
pois metade de mim é o que eu grito
a outra metade é silêncio
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
pois metade de mim é partida
a outra metade é saudade
Que as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a um homem inundado de sentimentos
pois metade de mim é o que ouço
a outra metade é o que calo
Que a minha vontade de ir embora
se transforme na calma e paz que mereço
que a tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
a outra metade um vulcão
Que o medo da solidão se afaste
e o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso
que me lembro ter dado na infância
pois metade de mim é a lembrança do que fui
a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o seu silêncio me fale cada vez mais
pois metade de mim é abrigo
a outra metade é cansaço
Que a arte me aponte uma resposta
mesmo que ela mesma não saiba
e que ninguém a tente complicar
pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
pois metade de mim é platéia
a outra metade é canção
Que a minha loucura seja perdoada
pois metade de mim é amor
e a outra metade também.
Oswaldo Montenegro
setembro 06, 2007
setembro 05, 2007
setembro 04, 2007
setembro 03, 2007
Lua adversa
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
setembro 02, 2007
Anaïs Nin
setembro 01, 2007
agosto 31, 2007
Navega
agosto 30, 2007
Dance me till the end of love
Há tanto tempo que não ouvia isto...Um grande clássico da minha cada vez mais longínqua adolescência ; p
agosto 28, 2007
agosto 25, 2007
Andar?! Não me custa nada!...
Mas estes passos que dou
Vão alongando uma estrada
Que nem sequer começou.
Andar na noite?!Que importa?...
Não tenho medo da noite
Nem medo de me cansar:
Mas na estrada em que vou,
Passo sempre à mesma porta...
E começo a acreditar
No mau feitiço da estrada:
Que se ela não começou
Também não foi acabada!
Só sei que,neste destino,
Vou atrás do que não sei...
E já me sinto cansada
Dos passos que nunca dei.
agosto 22, 2007
agosto 21, 2007
agosto 18, 2007
Eu sei
Eu sei que há quem a ache pirosa, ranhosa, lamechas e tudo e tudo e tudo..Eu também acho..Mas gosto! Que hei-de fazer... ; p
agosto 17, 2007
Tenho tanto sentimento
Tenho tanto sentimento
Temos, todos que vivemos,
Qual porém é a verdadeira
agosto 14, 2007
Cântico Negro
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta: Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém. - Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí!
Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos,
ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos... Ide!
Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras,
e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho,
a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue,
e cânticos nos lábios... Deus e o Diabo é que guiam,
mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
José Régio