Seria hoje o teu aniversário.As lágrimas não secaram, a dor não desapareceu, as saudades são mais que muitas.Secretamente acredito que nos voltaremos a ver, estejas tu onde estiveres. Parabéns meu tudo.Aqui fica a "nossa" banda sonora.
junho 24, 2008
(...)
Podes dizer ao mundo inteiro que estas letras são tuas. assim como os desenhos que fiz, os espaços que deixei. Podes dizer a toda a gente que um dia te amei e que foste tu quem me fez poeta. Podes nadar em orgulho ao saber que todos os copos que bebi foram por ti. Que os cigarros que fumei ansiosa e apressadamente foram pela saudade do teu corpo. Quando falarem de raios e relâmpagos, de trovões e de tufões, vais poder dizer que fui eu quem fez a China, quem ergueu muralhas e deitou as lágrimas de sangue. Quando te perguntarem se um dia me conheceste, diz que sim. Responde um afirmativo de poder e de vontade. Podes deixar o medo do conhe- cimento alheio, agora que te sou realmente alheia. Quando um dia o mundo se desfizer verdadeiramente em estações trocadas - o Verão pelo Outono ou o Inverno pela Primavera - aí podes descansar. Podes contar à galáxia e aos seus sobreviventes que, meu eterno desconhecido, um dia me fizeste rainha. (...)
José Eduardo Agualusa
junho 23, 2008
Querer-teé tudo, até o meu desejo de tenãoquerer.
Victor Oliveira Mateus
junho 20, 2008
Quanto de ti, amor, me possuiu no abraço em que de penetrar-te me senti perdido no ter-te para sempre - Quanto de ter-te me possui em tudo o que eu deseje ou veja não pensando em ti no abraço a que me entrego - Quanto de entrega é como um rosto aberto, sem olhos e sem boca, só expressão dorida de quem é como a morte - Quanto de morte recebi de ti, na pura perda de possuir-te em vão de amor que nos traiu - Quanta traição existe em possuir-se a gente sem conhecer que o corpo não conhece mais que o sentir-se noutro - Quanto sentir-te e me sentires não foi senão o encontro eterno que nenhuma imagem jamais separará - Quanto de separados viveremos noutros esse momento que nos mata para quem não nos seja e só - Quanto de solidão é este estar-se em tudo como na ausência indestrutível que nos faz ser um no outro - Quanto de ser-se ou se não ser o outro é para sempre a única certeza que nos confina em vida - Quanto de vida consumimos pura no horror e na miséria de, possuindo, sermos a terra que outros pisam - Oh meu amor, de ti, por ti, e para ti, recebo gratamente como se recebe não a morte ou a vida, mas a descoberta de nada haver onde um de nós não esteja.
Autor desconhecido
junho 19, 2008
A modos que a música é simplesmente linda, a letra uma maravilha, o video está brutal e a cereja em cima do bolo...Super Bock! ; p E viva o Verão e tudo o que com ele vem ( gajos e gajas e calor e corpos bronzeados e tudo e tudo e tudo!) Dá-me assim uns arrepios esta música que nem vos conto. Apetece-me logo dançar como se não houvesse amanhã! ; )
ps- Gajo que me apareça a fazer-me uma serenata com esta música, é anel no dedo e bora pra igreja! looool
All of these lines across my face Tell you the story of who I am So many stories of where I've been And how I got to where I am But these stories don't mean anything When you've got no one to tell them to It's true...I was made for you I climbed across the mountain tops Swam all across the ocean blue I crossed all the lines and I broke all the rules But baby I broke them all for you Because even when I was flat broke You made me feel like a million bucks You do I was made for you You see the smile that's on my mouth It's hiding the words that don't come out And all of my friends who think that I'm blessed They don't know my head is a mess No, they don't know who I really am And they don't know what I've been through like you do And I was made for you... All of these lines across my face Tell you the story of who I am So many stories of where I've been And how I got to where I am But these stories don't mean anything When you've got no one to tell them to It's true...I was made for you
Brandy Carlile
junho 18, 2008
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu perfil exacto e que, apenas, levemente, o vento das horas ponha um frémito em teus cabelos... É preciso que a tua ausência trescale subtilmente, no ar, a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem nalgum móvel antigo... Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e respirar-te, azul e luminosa, no ar. É preciso a saudade para eu sentir como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida... Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca te pareces com o teu retrato... E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
Nem sei bem explicar o que sinto ao ouvir esta música.As lágrimas correm, misto de alegria e saudade. Não de tristeza.Nunca de tristeza.Essa já ficou lá muito para trás, já adormeceu num sono do qual nunca acordará.Para ti my sweetest, aqui fica.Do you remember?
junho 16, 2008
Dizia-te do minuto certo. Do minuto certo do amor. Dizia-te que queria olhar para os teus olhos e ter a certeza que pensavas em mim. Que me pensavas por dentro. Que era eu a tua fantasia, o teu banco de trás. O teu desconforto de calças caídas, de pernas caídas, da rua que não estava fechada porque nenhuma rua se fecha para o amor. Na cidade do meu sono, havia palmeiras onde alguns repetiam charros e putas e atiravam pedras ao rio. Mas eu nunca gostei de clichés. Nem de quartos de hotel. Nem de camas que não conheço. Eu nunca abri as pernas no liceu. Nunca abri as pernas aos dezassete anos, de cigarro na mão. Eu nunca me comovi com o sonho de ser tua. Eu nunca quis que ficasses, entendes? Que viesses. Queria que quisesses de mim esse minuto certo, essa rua húmida de ser norte. Queria que me quisesses certa, exacta, como o minuto onde me pudesses encontrar. Eu nunca quis de ti uma continuidade. mas um alívio, uma noção de ser gente, entendes? Eu nunca quis de ti o sonho do sono ou da viagem. Nunca te pedi o pequeno-almoço, a ternura. Nunca te disse que me abraçasses por trás, que adormecesses. Eu nunca quis que me desses casa e filhos e lógica. Que me convidasses para dançar. Queria os teus olhos a fecharem-se comigo por dentro e tu por dentro de mim.
Queria de ti um minuto. Um minuto.
Filipa Leal
junho 13, 2008
Pior que a dor, é saber antecipadamente que vai doer,e ir em frente na mesma...
junho 12, 2008
Gosto de dançar esta música quando estou no chuveiro. Pronto, tá dito! ; p
Se eu não te amar mais me Caia o mar nos ombros Me caia Este silêncio pelos ossos dentro Me cegue os olhos esta sombra Me cerre Esta noite num escuro mais profundo Do que a chuva de ti de mãos tão leves A figueira do meu sangue se emudeça De pássaros à espera dos teus passos De outra voz por sobre a minha Morta E as ruas do teu corpo eu desaprenda Como desaprendi os dedos que me tocam E se eu não te amar mais me caia a casa De costas no teu peito como o vento.
António Lobo Antunes
junho 11, 2008
Primeiro a tua língua molha o meu coração, num vagar de fera. Estendo aurículos e ventrículos sobre a mesa, entre os copos, que desaparecem. Não há mais ninguém no bar cheio de gente. Abres-me agora os pulmões, um para cada lado, e sopras. Respiras- -me. O laser das tuas palavras rasga-me o lobo frontal do cérebro. A tua boca abre-se e fecha-se, fecha-se e abre-se, avançando por dentro da minha cabeça. As minhas cidades ruem como rios, correndo para o fundo dos teus olhos. O tempos estilhaça-se no fogo preso das nossas retinas. O empregado do bar retira da mesa o nosso passado e arruma-o na vitrine, ao lado dos exércitos de chumbo. Entramos um no outro, abrindo e fechando as pernas das palavras, estremecendo no suor dos olhos abraçados, fazendo sexo com a lava incandescente dessa revolução imprevista a que damos o nome de amor.
Inês Pedrosa
junho 09, 2008
Deixar-me talvez, contigo. ...Sussurrar-me – [te]. O dia quase nasce. Desejo dizer-te que estou aqui, agora. Sei que sempre me pressentes, ou sabes. Sei. Pergunto-me como poderias não saber?... Essa ideia é-me estranha. Se também te sei. O não sentar e olhar as nuvens de passagem de formatos bizarros o envolver-me em uma delas e deixar que me leve percorrendo a distância entre dois pontos que unidos traçam uma recta e nos colocam de lábios nos lábios, se eu também sei...
E de novo a armadilha dos abraços. E de novo o enredo das delícias. O rouco da garganta, os pés descalços a pele alucinada de carícias. As preces, os segredos, as risadas no altar esplendoroso das ofertas. De novo beijo a beijo as madrugadas de novo seio a seio as descobertas. Alcandorada no teu corpo imenso teço um colar de gritos e silêncios a ecoar no som dos precipícios. E tudo o que me dás eu te devolvo. E fazemos de novo, sempre novo o amor total dos deuses e dos bichos.