Pedro Paixão
maio 30, 2007
Para que serve o amor? Para se perder o medo...
"Deixei de te ver. Nao ha luz sequer. A noite cai. Como se fosse uma pessoa, a noite cai. Como se não fosses tu. Como se tivesses de partir e já fosses atrasado e fosses a correr e depois te esquecesses de voltar. E, mesmo querendo, já nao soubesses o caminho de volta, mesmo querendo, nao pudesses por já não o haver, o caminho de volta até mim. Sem maldade, puro esquecimento, sim, posso acreditar que lá fora facilmente encontres o que quiseres e isso te dê prazer. Aqui não, aqui, junto a mim, é mais dificil, eu sei.Aqui não se deixa agarrar um só instante. Derrete-se na boca, a vida, que está a passar. Num instante. Tu sabes o que é, e é bom que saibas como é porque mesmo se mo pedisses de todas as maneiras, não to podia dizer. O que podes, isso sim, do que mais precisas, isso sim, é de adormecer e descansar.Assim não podes continuar.Já reparaste como estás? Metes dó. Eu sei, a culpa não é tua, ficaste assim sem querer, o exacto contrário do que querias, eu sei, disseste-mo demasiadas vezes. A vida que nos deram não é nossa?Mas podias pelo menos tentar que passe por ti. E por mim, se não for pedir demais. Não sei se queres compreender mas não vou repetir, nem uma palavra. Não vale a pena, ficava logo tudo igualzinho à primeira vez. O que tu podes é abrir os olhos e ver."
maio 29, 2007
Adormecido
No cenário da tua vida
Aclamas noites alucinantes
De gentes estonteantes
Que são tanto como tu
No teatro do teu olhar
Há quem note que a coragem
Não passa de uma miragem
Com preguiça de gritar
No repetir do teu mostrar
Inventaste uma história
Que em ti não há memória
Porque sabes que não é tua...
Continuas a ensaiar
A conveniência do sorriso
O planear do improviso
Que te faz sentir maior
No artifício dos teus gestos
Pensas abraçar o mundo
Quando nem por um segundo
Te abraças a ti mesmo
E assim vais vivendo
E assim andando aí
E assim perdendo em ti
Tudo aquilo que nunca foste...
Quando um dia acordares
Numa noite sem mentira
E te vires onde não estás
Vais querer voltar para trás...
Aclamas noites alucinantes
De gentes estonteantes
Que são tanto como tu
No teatro do teu olhar
Há quem note que a coragem
Não passa de uma miragem
Com preguiça de gritar
No repetir do teu mostrar
Inventaste uma história
Que em ti não há memória
Porque sabes que não é tua...
Continuas a ensaiar
A conveniência do sorriso
O planear do improviso
Que te faz sentir maior
No artifício dos teus gestos
Pensas abraçar o mundo
Quando nem por um segundo
Te abraças a ti mesmo
E assim vais vivendo
E assim andando aí
E assim perdendo em ti
Tudo aquilo que nunca foste...
Quando um dia acordares
Numa noite sem mentira
E te vires onde não estás
Vais querer voltar para trás...
Toranja
maio 28, 2007
maio 27, 2007
maio 25, 2007
maio 23, 2007
O meu castelo está quase pronto...
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá a falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho?Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa
maio 21, 2007
maio 17, 2007
Poema sobre a recusa
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda.
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda.
Maria Teresa Horta
maio 16, 2007
O que tinha de ser
Porque foste na vida
A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu
Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem
E eu tua mulher
Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser.
A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu
Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem
E eu tua mulher
Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser.
Vinicius de Moraes
maio 14, 2007
Fistful of love
I was lying in my bed last night
Staring at a ceiling full of stars
When it suddenly hit me
I just have to let you know how I feel
We live together in a photograph of time
I look into your eyes
And the seas open up to me
I tell you I love you
And I always will
And I know that you can't tell me
And I know that you can't tell me
So I'm left to pick up
The hints, the little symbols of your devotion
So I'm left to pick up
The hints, the little symbols of your devotion
I feel your fists
And I know it's out of love
And I feel the whip
And I know it's out of love
I feel your burning eyes burning holes
Straight through my heart
It's out of love
It's out of love
I accept and I collect upon my body
The memories of your devotion
I accept and I collect upon my body
The memories of your devotion
I feel your fists
And I know it's out of love
And I feel the whip
And I know it's out of love
I feel your burning eyes burning holes
Straight through my heart
It's out of love
It's out of love...
Staring at a ceiling full of stars
When it suddenly hit me
I just have to let you know how I feel
We live together in a photograph of time
I look into your eyes
And the seas open up to me
I tell you I love you
And I always will
And I know that you can't tell me
And I know that you can't tell me
So I'm left to pick up
The hints, the little symbols of your devotion
So I'm left to pick up
The hints, the little symbols of your devotion
I feel your fists
And I know it's out of love
And I feel the whip
And I know it's out of love
I feel your burning eyes burning holes
Straight through my heart
It's out of love
It's out of love
I accept and I collect upon my body
The memories of your devotion
I accept and I collect upon my body
The memories of your devotion
I feel your fists
And I know it's out of love
And I feel the whip
And I know it's out of love
I feel your burning eyes burning holes
Straight through my heart
It's out of love
It's out of love...
Antony and the Johnsons
maio 13, 2007
Amostra sem valor
Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosos da
Vida ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo, nesta insignificância,
gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
Antonio Gedeão
maio 09, 2007
maio 06, 2007
Só porque é linda, linda...
Love of my life,
you hurt me,
You broken my heart,
now you leave me.
Love of my life can´t you see,
Bring it back bring it back,
Don´t take it away from me,
Because you don´t know what it means to me.
Love of my life don´t leave me,
You´ve stolen my love now desert me,
Love of my life can´t you see,
Bring it back bring it back,
Don´t take it away from me,
Because you don´t know what it means to me.
You will remember when this is blown over,
And everythings all by the way,
When I grow older,I will be there by your side,
To remind how
I still love you
I still love you.
Hurry back hurry back,
Don´t take it away from me,
Because you don´t know what it means to me.
Love of my life,
Love of my life.
you hurt me,
You broken my heart,
now you leave me.
Love of my life can´t you see,
Bring it back bring it back,
Don´t take it away from me,
Because you don´t know what it means to me.
Love of my life don´t leave me,
You´ve stolen my love now desert me,
Love of my life can´t you see,
Bring it back bring it back,
Don´t take it away from me,
Because you don´t know what it means to me.
You will remember when this is blown over,
And everythings all by the way,
When I grow older,I will be there by your side,
To remind how
I still love you
I still love you.
Hurry back hurry back,
Don´t take it away from me,
Because you don´t know what it means to me.
Love of my life,
Love of my life.
Queen
maio 04, 2007
a tua pequena dor
quase nem sequer te dói
é só um ligeiro ardor
que não mata mas que mói
é uma dor pequenina
quase como se não fosse
é como uma tangerina
tem um sumo agridoce
de onde vem essa dor
se a causa não se vê
se não é por desamor
então é uma dor de quê?
não exponhas essa dor
é preciosa é só tua
não a mostres tem pudor
é o lado oculto da lua
não é vicío nem costume
deve ser inquietação
não há nada que a arrume
dentro do teu coração
talvez seja a dor do ser
só a sente quem a tem
ou será a dor de ver
a dor de ir mais além?
certo é ser a dor de quem
não se dá por satisfeito
não a mates guarda bem
guardada no fundo do peito.
quase nem sequer te dói
é só um ligeiro ardor
que não mata mas que mói
é uma dor pequenina
quase como se não fosse
é como uma tangerina
tem um sumo agridoce
de onde vem essa dor
se a causa não se vê
se não é por desamor
então é uma dor de quê?
não exponhas essa dor
é preciosa é só tua
não a mostres tem pudor
é o lado oculto da lua
não é vicío nem costume
deve ser inquietação
não há nada que a arrume
dentro do teu coração
talvez seja a dor do ser
só a sente quem a tem
ou será a dor de ver
a dor de ir mais além?
certo é ser a dor de quem
não se dá por satisfeito
não a mates guarda bem
guardada no fundo do peito.
Rui Veloso e Carlos Tê
maio 03, 2007
fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre
sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor.
eu sei exactamente o que é o amor. o amor é saber
que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer.
o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte
de nós que não é nossa. o amor é sermos fracos.
o amor é ter medo e querer morrer.
sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor.
eu sei exactamente o que é o amor. o amor é saber
que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer.
o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte
de nós que não é nossa. o amor é sermos fracos.
o amor é ter medo e querer morrer.
José Luis Peixoto
maio 01, 2007
So, so you think you can tell
Heaven from Hell
Blue skies from pain
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
And did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
And hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?
How I wish
How I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here
Heaven from Hell
Blue skies from pain
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
And did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
And hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?
How I wish
How I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here
Pink Floyd
Diz que no carro da Catarina se ouve muito melhor ; P
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